Até onde podem chegar os sentimentos, os dramas e a potencialidade psicológica do homem? Questões que preambulam a filosofia e narrativa intrigante, perspicaz e, sobretudo apurada, que se colocam nos moldes literários dos mais realistas.
 
Em “A cor da alma”, o escritor João Rosa dispersa todo seu talento e conhecimento literário, voltando-o para textos, agora, certamente machadianos... Na obra, o reconhecido professor de literatura, sempre destemido e imune aos medos, mas não menos sensível, põe de lado a voz emudecida pelo preconceito e pelas mazelas humanas em detrimento da verdade, compaixão e justiça. Seria uma autobiografia? Tal como Machado de Assis, sua leitura e seu cerne é quem promoverá o desfecho que se faz necessário para uma resposta, caso esta se faça necessária.